segunda-feira, 20 de julho de 2020

Alperceiro

          O alperce (Prunus armeniaca) é o fruto do alperceiro e pertence à família Rosaceae. O nome botânico remete erradamente para a origem arménica da árvore pois sabe-se, que surgiram de forma espontânea na Ásia.  A sua domesticação foi feita pelos Chineses onde está mencionado nos seus registos milenares. O pequeno fruto já era consumido à cerca de 4000 anos e durante 2000 anos foi cultivado na Índia e Tibete, mantendo-se no anonimato até ao século II a.C. Foi através da Rota da Seda, que os comerciantes trouxeram o alperce para o Irão, Arménia e até à época Grego-romana. No século I a.C. o general  Lucullus, orgulhoso por cultivar exóticos frutos traz a árvore para Roma. É nesta altura, que o alperce fica conhecido como praecoquuem, expressão latina que significa "fruto precose" devido ao amadurecimento rápido. 

Sabias que?
      A chegada à península ibérica motivou a adopção do nome albrioque em português, que acabou por não fixar-se. O seu perfume inconfundível deve-se ao facto de pertencer à família Rosaceae, e por ser muito sensível é quase sempre consumido seco ou cristalizado. É na Turquia e na Grécia, que se encontra as variedades malaya e urgub.

domingo, 19 de julho de 2020

Aveleira, avelãzeira

       Árvore arbustiva que atinge  a maturidade produtiva aos 10 anos e termina o ciclo aos 60 anos. Pertence à família Betulaceae, as aveleiras selvagens remontam o Império Bizantino, mas essa região nunca tinha apostado na cultura em grande escala  de espécies domesticadas. 
A árvore de forma espontânea crescia na zona mediterrânica, e diz-se que extensos bosques com inúmeras aveleiras frutificavam no sopé do Vesúvio e nos arredores da cidade de Avella. Todavia, a descoberta da avelã já vinha dos gregos que a chamavam de nux ponticus devido às primeiras aveleiras serem provenientes da Ásia Menor. 
Dioscórides e Plínio o Velho relatam nas suas obras os vários usos dos gregos e romanos, nomeadamente, utilizações medicinais para curar problemas de estomâgo, tosse e queda de cabelo. 
A província italiana e  cidade Avella parece estar na origem do nome botânico Coryllus avellana. A palavra grega kory significa "elmo" foi buscar a semelhança da casca oblonga da avelã, parecida com um capacete que serviu para inspirar o nome corylus

Sabias que?
         Em Roma, servia de digestivo após o jantar a acompanhar o vinho. Fazia-se farinha e óleo de avelãs que era usado em essências perfumantes. Nos casamentos romanos, há noite acendiam-se tochas feitas de pau de aveleiras para os nubentes, que simbolizam fertilidade e contribuíam para o sucesso do matrimónio.