sexta-feira, 7 de agosto de 2020

"The Laurisilva - Canaries, Madeira and Azores"

       Editado pela Macaronesia Editorial, o livro "The Laurisilva - Canaries, Madeira and Azores" (2017) aborda conhecimentos relativos aos arquipélagos macaronésicos, nomeadamente, a sua origem, clima, história e evolução da paisagem. Faz ainda, referência à floresta Laurissilva no mundo e descreve em pormenor este tipo de floresta, bem como a fauna, nível de regeneração, a sua dinâmica florestal e impacto humano nesta zona do Atlântico, a região biogeográfica da Macaronésia. 




"Plantas Aromáticas e Medicinais em Contexto Urbano - Saberes Madeirenses no Concelho do Funchal (Ilha da Madeira)"

   Resultados de uma investigação realizada em contexto rural e mais tarde em urbano, no âmbito de um mestrado em Antropologia na vertente Natureza e Conservação, nesta publicação comparou-se os conhecimentos relativos à utilização de plantas aromáticas e medicinais em meio rural [duas freguesias da ilha (Fajã da Ovelha - concelho da Calheta e Ilha - concelho de Santana)] com o meio urbano (concelho do Funchal), verificando se há acréscimo, perda ou hibridação de saberes. Comparando os dados obtidos verificou-se que existe perda de conhecimento etnobotânico aquando de fluxo migratório de um meio rural para o urbano, bem como incorporação de novas espécies vegetais em contexto urbano.

Estão disponíveis livros para venda. 
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quinta-feira, 6 de agosto de 2020

Figueira

   A figueira (Ficus carica L.) é nativa do sudoeste asiático, no arquipélago da Madeira foi introduzida nos tempos do povoamento sendo cultivada um pouco por toda a região. Conhecida por figueira ou bebereira, embora este nome seja aplicado apenas a algumas árvores que produzem frutos maiores e mais compridos que largos, foi introduzida por motivos alimentares. 
   Das árvores mais estimadas desde a pré-história, a sua origem tem traços comuns à oliveira, sendo amplamente mencionada na bíblia. Os sumérios e assírios já se deliciavam com os seus frutos, a sua dispersão iniciou-se no crescente fértil passando pela Síria, Egipto, chegando mais tarde ao Mediterrâneo. Foram os egípcios que aperfeiçoaram o seu cultivo. Na antiga Grécia, associavam-no à região de Caria, o que inspirou o nome botânico de Ficus carica. Era considerado uma fonte de energia sendo apelidado de "alimento dos atletas".  Em VII a.C., na primeira edição dos Jogos Olímpicos, os vencedores eram coroados com folhas de figueira e não louro. No império romano, cultivou-se e desenvolveu-se mais variedades de árvores.

Sabias Que?
     Na Grécia Antiga, os padres mais jovens tinham a tarefa de anunciar a época de colheita de figos. Chamavam-nos de sykophántes, do grego syko "figo" e pháenein "mostrar". Os frutos eram valiosos, mas havia quem os comercializava clandestinamente, os que denunciavam os contrabandistas eram apelidados de "sykophantes" ou denunciadores de figos. A expressão resistiu aos tempos.