Desde o Iluminismo, que a nossa cultura tem vindo
a projectar a mensagem de que a vida é linear, de que nascemos, envelhecemos,
morremos e tudo acaba. A antiga mensagem do carácter cíclico da vida,
enquanto ciclo ou espiral foi substituída pelo símbolo de uma linha a direito:
uma mundo-visão masculina, linear e científica Carr-Gomm (2011). Segundo o
autor, Carr-Gomm (2011), os resultados provocados por esta mudança na nossa
consciência colectiva, de uma concepção circular da vida para uma concepção
linear foi o desligar das "almas", em relação a uma das fontes
espirituais mais veneradas: a Natureza.
No Druidismo, a visão de Divindade
era de algo omnipresente, manifestando-se em diferentes formas, estrelas, pedras, animais, árvores,
etc... Para a sua celebração, Natureza, cumprimos um conjunto de oito
cerimónias ao longo do ano (cada uma delas concebida para nos ajudar a
sintonizarmo-nos com o ritmo da respectiva estação do ano e com a vida na
Terra). Neste sentido, a vida do Homem é um ciclo: “nascemos
vivemos a infância, a juventude, envelhecemos e mais tarde morremos”, conceito
representado por um círculo, onde no seu interior está a sua alma, a sua
identidade. O mundo, estações do ano são claramente cíclicas: sucedem-se umas
às outras, por isso, podemos dispo-las num círculo do ano. O mesmo acontece com
os dias: cada dia nasce de madrugada, atinge o seu ponto alto ao meio-dia e
depois começa a escurecer, dando lugar à noite, altura em que morre, renascendo
depois na madrugada seguinte (Carr-Gomm, 2011).
“O círculo
do ano e o círculo do dia têm afinidades: o Inverno é como a morte da noite,
quando tudo fica quieto. A Primavera é como o nascer do dia, quando os pássaros
acordam e louvam o céu. O Verão é como o meio-dia, uma altura de calor máximo e
em que o crescimento é maior. E o Outono é como o fim de tarde pois até mesmo,
as suas cores se parecem com as do pôr-do-sol. Temos assim, os dois ciclos da
Terra em sintonia (Carr-Gomm, 2011)."
Existe ainda, uma ligação entre o nosso ciclo e o ciclo da Terra. No nosso ciclo há um nascimento, morte e renascimento. No ciclo da Terra, no solstício de Inverno ocorre a noite mais longa; no lado oposto, no solstício de Verão, onde está a sua máxima força é a altura do ano com o dia mais longo. A primavera corresponde à época da tua infância, o Verão à fase mais jovem da idade adulta, o Outono à tua fase madura e o Inverno à tua morte. E no centro da roda da tua vida está a tua alma, tal como no centro da roda da Terra está o sol. Daí o sol, ser um elemento reverenciado no Druidismo.
Existe ainda, uma ligação entre o nosso ciclo e o ciclo da Terra. No nosso ciclo há um nascimento, morte e renascimento. No ciclo da Terra, no solstício de Inverno ocorre a noite mais longa; no lado oposto, no solstício de Verão, onde está a sua máxima força é a altura do ano com o dia mais longo. A primavera corresponde à época da tua infância, o Verão à fase mais jovem da idade adulta, o Outono à tua fase madura e o Inverno à tua morte. E no centro da roda da tua vida está a tua alma, tal como no centro da roda da Terra está o sol. Daí o sol, ser um elemento reverenciado no Druidismo.
Carr-Gomm, P., 2011, Os Mistérios dos Druídas, Editora Zéfiro, Lisboa.
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