domingo, 19 de janeiro de 2020

Citrinos - Tangerina -


        Os citrinos existem há milhares de anos. Pertencentes à família Rutaceae diz-se que são provenientes do Oriente, da Índia, mas o seu desenvolvimento surge ligado à China. O limão, limung, surge do Cantão, todavia, já era conhecido desde a Pré-História. Nesta época, existiam ainda na China, as laranjas amargas Citrus aurentium e as doces Citrus sinensis, que só na época Cristã com o Império Romano surgem no Mediterrâneo. Estas espécies vindas pela Palestina e norte de Africa, permanecem após a destruição do mesmo império difundindo-se no sul da Europa pela Idade Média.  Contudo, a descoberta novas variedades surge apenas no séc. XV, na época dos Descobrimentos, sendo os espanhóis os responsáveis por levar a laranja para o Novo Mundo.
Com a descoberta do caminho marítimo para a Índia descobre-se a mandarina, Citrus nobilis, com fruto laranja vibrante tal como as veste dos altos funcionários do Império Chinês, os mandarins. Mais tarde, surge no Brasil a tangerina vinda de Marrocos, o cruzamento entre uma mandarina e uma laranja azeda e cuja adstrigência deu-lhe um sabor mais fresco, que a laranja. Julga-se, por ser levada do porto de Tânger para Espanha, ter recebido o nome de tangerina.

Sabias Que?

        No século XIX, a tangerina era considerado um fruto sofisticado, mencionado mais tarde no livro de Eça de Queiroz "A cidade e as Serras", onde menciona um desastroso arroz doce que era: "macio, moldado em forma de pirâmide do Egipto (...) onde se equilibrava uma coroa de Conde feita de chocolate e gomos de tangerina (...)". 
        Neste mesmo século, séc. XIX, o monge Vital Rodier chega à Argélia, para  dirigir um orfanato fazendo surgir mais uma variedade de citrinos, fruto do casamento de uma laranja doce e uma mandarina, a clementina.

domingo, 5 de janeiro de 2020

Violetas

    Da familía Violaceae, a Viola odorata L., é uma espécie nativa existente na ilha da Madeira, originária do continente europeu.


SABIAS QUE?

Na ilha, esta espécie tinha inúmeras utilizações medicinais, a infusão da planta era usada como emoliente e analgésica; e as flores atuavam como expeturante, segundo os populares, a planta fazia "muito bem por dentro"...
  Esta podia ainda, ser usada externamente como analgésica, a decoção da planta misturada com as folhas de  Brugmansia suaveolens (bela noite),  Malva sylvestris (malva), Plantago major (tanchagem), Acanthus mollis (erva gigante), e posteriormente adicionada farinha de trigo com azeite de Olea europae (oliveira) ou de Laurus novocanariensis (loureiro), formava uma bola que era amassada e colocada sob a área afetada para assim "acalmar a dor".