quinta-feira, 6 de agosto de 2020

Figueira

   A figueira (Ficus carica L.) é nativa do sudoeste asiático, no arquipélago da Madeira foi introduzida nos tempos do povoamento sendo cultivada um pouco por toda a região. Conhecida por figueira ou bebereira, embora este nome seja aplicado apenas a algumas árvores que produzem frutos maiores e mais compridos que largos, foi introduzida por motivos alimentares. 
   Das árvores mais estimadas desde a pré-história, a sua origem tem traços comuns à oliveira, sendo amplamente mencionada na bíblia. Os sumérios e assírios já se deliciavam com os seus frutos, a sua dispersão iniciou-se no crescente fértil passando pela Síria, Egipto, chegando mais tarde ao Mediterrâneo. Foram os egípcios que aperfeiçoaram o seu cultivo. Na antiga Grécia, associavam-no à região de Caria, o que inspirou o nome botânico de Ficus carica. Era considerado uma fonte de energia sendo apelidado de "alimento dos atletas".  Em VII a.C., na primeira edição dos Jogos Olímpicos, os vencedores eram coroados com folhas de figueira e não louro. No império romano, cultivou-se e desenvolveu-se mais variedades de árvores.

Sabias Que?
     Na Grécia Antiga, os padres mais jovens tinham a tarefa de anunciar a época de colheita de figos. Chamavam-nos de sykophántes, do grego syko "figo" e pháenein "mostrar". Os frutos eram valiosos, mas havia quem os comercializava clandestinamente, os que denunciavam os contrabandistas eram apelidados de "sykophantes" ou denunciadores de figos. A expressão resistiu aos tempos.

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