quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Inhame de lagartixa

É uma pequena planta com um rizoma tuberoso (um pequeno inhame) que pode atingir o tamanho de uma noz.

Pertence à família das Crassulácias. As folhas são verdes ou avermelhadas, peltadas, arredondadas e côncavas. As margens formam um recorte em ondinhas com um umbigo no meio.

Na Primavera lança uma haste ao longo da qual nascem pequenas flores esverdeadas em forma de tubo, onde se podem distinguir 5 sépalas de 1,5 a 5 mm, e uma corola em forma de campainha com cinco pétalas de cerca de um centímetro.

Muito comum em toda a ilha da Madeira, podemos encontrá-la entre as pedras dos muros e em qualquer parede vertical, de rocha ou de terra. Também aparece nos montes mais altos do Porto Santo, mas muito raramente, assim como na Deserta Grande.

As folhas jovens podem ser consumidas cruas em salada ou cozidas na sopa; do seu suco costumava fazer-se um remédio para a epilepsia mas a ciência não encontrou nenhuma substância que pudesse explicar esta crença. Por cá, além disso, as folhas pisadas eram aplicadas a chagas sob a forma de cataplasma.

Em Portugal chamam-lhe bacelos, conchelos, umbigo-de-vénus, orelhas de monge, fonógrafo, chapéus-dos-telhados, chapéus de parede. Na Europa alguns destes nomes traduzidos, e ainda outros que referem a semelhança das folhas a moedas ou ao umbigo (navelwort, pennywort), mas os madeirenses dão-lhe talvez o nome mais original: inhame de lagartixa.