quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Os citrinos

    A família Rutaceae apresenta 160 géneros, nestes estão incluídos os citrinos, primos da arruda (Ruta sp.). O género Citrus sp. é proveniente do sudoeste da Ásia, com  cerca de 16 espécies, que nos concedem as laranjas doces (Citrus sinensis) ou amargas (C. aurentium), as tangerinas (C. reticulata), o cidrão (C. medica), as limas (C. aurantifolia) ou limões (C. limon), entre outras. Considerados um dos géneros mais importantes do mundo, os citrinos surgem pela primeira vez, em registos históricos persas em 300 A.c. Na Europa, são introduzidos na Época dos Descobrimentos, sendo posteriormente levados para o "Novo Continente" pelos espanhóis. 
    O limão é o citrino com maior número de aplicações médicas comprovadas cientificamente. Na ilha da Madeira, o conhecimento popular menciona-o para várias maleitas desde gripe (infusão da casca), a garganta inflamada (rodelas polvilhadas com açúcar e ingeridas), a varíola (esfregar o sumo sobre área afectada), a disenteria (ingestão de sumo com canela em pó, duas colheres de sopa de vinagre e açucar), etc... Para além, de todos estes  usos é utilizado na culinária ou ainda associado a tradições / superstições. 
   De todos citrinos, o limão e a laranja, são os mais utilizo, esta última como fonte diária de vitamina C e o limão, como matéria prima para um sumo refrescante ou para uma infusão nos dias quentes ou frios, respectivamente. Assim sendo, e aproveitando o resquício das férias, após a praia e antes do jantar, faço um sumo, dois limões, duas a três fatias de abacaxi, duas folhas de hortelã, não esquecendo a água... dois cubos de gelo, ideal para refrescar. Recordo-me então, de um velho ditado: "quando a vida te dá limões, faz limonada", seguro no copo e dirijo-me à varanda, levando tranquilamente, um pequeno livro de bolso das edições Asa, que muito prezo e me acompanha: "Histórias de Mulheres"...