quarta-feira, 22 de setembro de 2021

Equinócio de Outono

      Entre o 21 ou/a 22 de setembro comemora-se o Equinócio de Outono (latim: aequus, igual, e nox, noite) período em que o dia e a noite têm igual duração, exatamente 12 horas. É o instante em que o Sol, na sua órbita, cruza o equador celeste (coincidente com o da Terra). Neste instante, a luz do Sol incide com igual intensidade sobre os dois hemisférios.


quarta-feira, 1 de setembro de 2021

Anis de Estrela

     Nativa do Mediterrâneo, o aniz de estrela, Illicium verum L. da família das Illiciaceae era conhecida na Antiga Grécia e Roma. Na época medieval, era um dos bens sujeitos a taxas, impostas por Eduardo I, que posteriormente seriam usadas para a reconstrução da Ponte de Londres. Era usada ainda, em pequenos saquinhos para perfumar as arcas repletas de tecidos de linho. Atualmente é usada no raki Turco, e ainda para aromatizar a aguardente. 

Sabias que?

Na ilha da Madeira, esta  espécie era usada para aromatizar aguardente com mel, adicionar aos bolos pretos ou inglês feitos na época natalícia juntamente com outras ervas aromáticas, tais como a canela (Cinnamomum zeylanicum) ou a noz moscada (Myristica fragans), etc. e ainda colocada dispersa entre o linho guardado dentro de grandes arcas de madeira de cânfora (Cinnamomum camphora)


sexta-feira, 6 de agosto de 2021

Algo existe

 

Algo existe num dia de verão, 
No lento apagar de suas chamas, 
Que me impele a ser solene. 
Algo, num meio-dia de verão, 
Uma fundura - um azul - uma fragrância, 
Que o êxtase transcende. 
Há, também, numa noite de verão, 
Algo tão brilhante e arrebatador 
Que só para ver aplaudo - 
E escondo minha face inquisidora 
Receando que um encanto assim tão trêmulo 
E subtil, de mim se escape.”


Dickinson, E.

 

quinta-feira, 15 de julho de 2021

Amendoim

      No Verão pelo fim do dia surge a necessidade de uma bebida fresca, uma cerveja, acompanhada com uns amendoins enquanto suspiramos por dias mais frescos e sentimos uma leve brisa no rosto.

Os amendoins, salgados, caramelizados ou salteados com sal e pimentão doce são consumidos avidamente, independentemente de sabermos a sua origem ou família botânica. Originário da América do Sul, os portugueses no século XV já os encontravam cultivados no Brasil, levando-os mais tarde para África. O amendoim, Arachis hypogaea L. pertence à família Leguminosae e é parente dos tremoçeiros ou da alfarroba, apesar do seu enorme interesse como planta alimentar, só se difundiu e a sua cultura intensificou-se, quando as suas sementes se transformaram em matéria prima para extração de óleo, este de grande consumo em países industrializados nas zonas temperadas. 

Os amendoins rapidamente ingeridos numa mesa de praia são sementes dentro de vagens de  uma planta com folhas compostas e de  flores amareladas, que depois de fecundadas penetram no solo formando a vagem, sendo muitas vezes confundidas com nódulos das raízes. 

Sabias que?

A maior utilização do amendoim é para a produção de óleo. Na ilha da Madeira é usado como aperitivo ou para a confeção de bolos de frutos secos na época do Natal, substituído as nozes ou as amêndoas por serem mais caras. 


sexta-feira, 9 de julho de 2021

Semilheira, Batateira

 A semilha (Solanum tuberosum L.) no seu estado selvagem tem uma existência milenar. A sua domesticação terá começado seis milénios antes da Era Cristã, sabe-se, que era cultivada pela civilização Inca na cordilheira dos Andes. Os primeiros relatos devem-se aos espanhóis no século XV, onde mencionavam nos seus registos, que eram um dos principais alimentos dos indígenas, tendo sido introduzida no velho continente no mesmo século. Teve ainda um papel importante, como alimento de subsistência na Escócia, Irlanda e Inglaterra  em meados do século XVIII. Em Portugal, as primeiras referências são do mesmo século, mencionando que era pouca usada comparativamente com a batata doce (Ipomoea batatas L.)

Esta planta anual pertence à família das Solanaceae, parente do tomateiro e da beringela, fornece vários tubérculos, a semilha. As folhas são alternadas, compostas de forma lanceoladas a ovoídes com flores brancas a rosadas, pentâmeras, e com frutos em forma de baga. 

Sabias que?

Na ilha da Madeira, a planta alimentar era antigamente utilizada para fins medicinais. As rodelas do tubérculo eram colocadas na testa dos enfermos para baixar a febre.

quinta-feira, 3 de junho de 2021

Pereira

       A pereira, Pyrus comumunis L. pertence à família Rosaceae é originária da Ásia e possui mais de 20 variedades cultivares.  A árvore, decídua, pode atingir os 20 metros, as suas folhas são ovais a elípticas com margens dentadas, as flores são solitárias brancas e os frutos carnudos são de forma oval podendo atingindo os 12 cm. 
Os primeiros registos desta espécie surgem na Grécia Antiga onde era muito apreciada e usada para fazer um vinho com propriedades medicinais. Plínio, naturalista romano, descreveu inúmeras variedades, todavia, mencionava que a maior parte delas eram indigestas e apenas agradáveis depois de cozidas em mel. Eram também utilizadas em conservas em vinagre, bem como mencionado pelo mesmo, que a cinza das pereiras era um eficaz antídoto para o "veneno" dos cogumelos. Foi amplamente difundida, chegando do velho continente à América do Norte no século XVII.

Jean Baptiste de La Quintinie, responsável pelos jardins reais de Luis XIV, era um apaixonado pelas pêras, tal como o seu rei, por isso desenvolveu inúmeras variedades ao longo do século XVII. 

Sabias que?

Uma das variedades é portuguesa, a pêra Rocha, surgida no século XIX. Esta designação deveu-se a um agricultor português chamado Pedro Rocha, que cedeu sementes das suas pereiras de boa qualidade, a outros fazendeiros da região. Mais tarde, o aperfeiçoamento da cultura deu origem a um produto certificado com denominação de origem protegida, a pêra rocha.

terça-feira, 18 de maio de 2021

Dia Internacional do Fascínio das Plantas

O Dia internacional do Fascínio pelas Plantas é comemorado a 18 de maio e foi lançado pela European Plant Science Organisation (EPSO).  Esta iniciativa procura despertar o entusiasmo e relembrar para a importância da ciência das plantas em diversas áreas, desde a agricultura, à silvicultura, fisiologias, bem como para a sociedade e cultura.


segunda-feira, 3 de maio de 2021

Anoneira, Noneira

A anona Annona cherimola Mill é originária da América Central e do Sul, e foi descoberta por navegadores europeus no Novo Mundo.
A civilização Inca acreditava que a anona tinha poderes afrodisíacos e tornava as mulheres férteis; sendo ainda, dada a crianças por ser muito doce e ter o efeito de as acalmar. Os incas chamavam-nas "chirimuya", que significa "semente fria" devido a germinarem em climas quentes e de altitudes elevadas. A sua utilização é antiga, tendo sido encontrados potes em terracota esculpidos em forma de anonas, que remontam ao VII séc. a.C. 
Pertencente à família Annonaceae, existem inúmeras variedades de anona, tais como: A. squamosa ou A. reticulata, todavia,  são as de epiderme mais lisa, as mais apetecíveis.
Na ilha da Madeira foi introduzida para fins alimentares, tendo se propagado por toda a região. Existem referências da sua utilização desde o século XVII.

Sabias que?
O fruto é utilizado para elaboração de bebidas e gelados, sendo a infusão das folhas, ainda usada para "baixar o açúcar no sangue". 

segunda-feira, 19 de abril de 2021

Tomate de Capucho, Capucho

   Pertencente à família da Solanaceae, a Physalis peruviana L. é uma espécie da América Central. Esta graciosa herbácea possui folhas ovoídes a lanceoladas, flores amarelas com manchas negras no seu centro, pubescente, com fruto globoso alaranjado envolto por um cálice intumescido, semelhante uma estrutura circular em rede. Conhecida por tomate capucho ou capucho era cultivada desde os Incas e terá sido descoberta nas expedições ao Novo Mundo. No Perú, as mulheres usavam-no para fazer colares, hoje todavia, tem inúmeras aplicações devido as suas qualidades nutritivas, sendo usada em compotas, gelados, saladas e molhos. 

Na ilha da Madeira, é cultivada há vários anos estando naturalizada nas zonas litorais ou de média altitude. Outrora, era usada na "barrela" mistura de plantas onde se coravam os lençóis e os panos de linho, e donde surge o nome "Tomate de Barrela". É usada ainda na culinária em compotas e saladas.

Sabias que?

No Brasil é designada de "camapú", em Angola "cassussua", e em França "amour en cage". Os ingleses chamam-lhe "groselha do Cabo" por ter sido umas das primeiras culturas dos colonos do Cabo de Boa Esperança, no princípio do século XIX.

terça-feira, 13 de abril de 2021

Rícino, Carrapateira

Nativa da África Tropical, Ricinus communis L. pertence à família Euphorbiaceae. Na ilha da Madeira, está naturalizada podendo ser encontrada em zonas mais baixas da costa sul, em terrenos incultos, aterros ou em campos agrícolas abandonados. Cultivada como ornamental e para fins medicinais, já era referenciada em documentos do século XVIII  pelo óleo extraído das suas sementes para efeitos purgativos. 

É um arbusto que pode atingir 2 a 3 metros de altura apresenta folhas verdes e lobadas, inflorescências em forma de cacho, sementes ovais acastanhadas, estriadas, enclausurados em cápsulas. Foi referenciada no papiro egípcio de Ebers, como laxante e para a cosmética, bem como em registos de Dioscórides.

Em medicina é utilizada como laxante ou como componente de preparados dermatológicos. O óleo é isento de toxicidade, mas a pasta resultante é muito toxica. É utilizada ainda, na indústria para extração de óleo, na produção de biodiesel e como lubrificante de motores.

As sementes contêm compostos farmacologicamente ativos: a ricina, ricinina, tricinina e ácido rinoléico; as mesmas devem ser evitadas.

Sabias que?

Conhecida também por Palma de Cristo, está mencionada na Bíblia no evangelho de São João. 

sexta-feira, 9 de abril de 2021

Laranjeira

Os citrinos têm em geral excelentes qualidades gustativas, os europeus davam-lhes uma origem mitológica, diz-se que teriam vindo das terras de Hespérides, como oferta dos deuses tendo uma ligação aos feitos de Atlas no norte de África. Pensa-se que os citrinos chegaram à Europa trazidos pelos árabes e já eram conhecidos na região mediterrânica e em Portugal, antes dos Descobrimentos. Foram os portugueses que introduziram a laranjeira em Cabo Verde, S. Tomé e no Brasil, muito antes de ter chegado a Portugal, a laranja da China identificada como muito doce (provável Citrus sinensis), de paladar mais agradável, do que as laranjeiras "mais amargas" existentes (Citrus aurentium). 

A laranjeira (Citrus aurentium) pertence à família Rutaceae, prima do limoeiro ( Citrus limon) e da tangerineira (Citrus reticulata) é originária da Ásia. Na ilha da Madeira, existem ambas espécies de laranjeiras usadas como alimentares e medicinais; a infusão das folhas é usada como calmante. Assim como, utilizadas cascas das laranjas para elaboração de licores na época natalícia.

Sabias que?

As folhas da laranjeira (C. aurentium) contêm óleos essenciais e os frutos, possuem carotenos, vitaminas B1 e B2,  zinco, fósforo, etc. A planta tem propriedades antispéticas, calmantes e tónicas. É usada ainda em infusões para transtornos provocados pelo stress, para insónias e depressão. 

 

terça-feira, 30 de março de 2021

Poesia

Certeza

Sereno, o parque
Mostra os braços cortados,
E sonha a Primavera
Com os seus olhos gelados.


É um mundo que há-de vir
Naquela fé dormente;
Um sonho que há-de de abrir
Em ninhos e sementes.


Basta que um novo Sol
Desça do velho céu,
E diga ao rouxinol
Que a vida não morreu.


Torga, M.

domingo, 28 de março de 2021

Domingo de Ramos

  
   O domingo anterior à Quaresma é o
 Domingo de Ramos, que comemora a entrada de Jesus em Jerusalém. Segundo os populares, ao surgir em portas de Jerusalém, Jesus levava nas mãos ramos de palmeira, Phoenix sp. 
    Neste dia, a população antes do nascer do sol, recolhe e elabora um ramo de várias plantas, limoeiro (Citrus limon), arruda (Ruta chalepensis), laranjeira (Citrus aurentium), alecrim (Rosmarinus officinalis), entre outras,  que leva para ser benzido na igreja local. Em seguida, o ramo é colocado à sombra para secar e ser guardado, de modo a proteger a casa até ao ano seguinte. Segundo os populares, em situações de mau-estar inexplicado, muitas vezes associado ao mau-olhado deverá ser tomado um "chá" elaborado com um pouco das ervas do ramo benzido. 

Sabias que? 
      Neste dia, em zonas rurais, a população recolhe ramos de palmeira (Phoenix sp.) e coloca na entrada da casa, relembrando a entrada do Senhor em Jerusalém.  

domingo, 21 de março de 2021

Equinócio de Primavera

  O Equinócio da Primavera surge de 21 a 22 de março, quando a duração do dia iguala a duração da noite. Há um aumento da luminosidade no decurso do ano. Esta luz é indispensável para desenvolvimento das plantas, que adaptam-se, dispersando-se por variadíssimos habitats. Essa adaptação às horas de luminosidade faz com que tenha taxas fotossintéticas, épocas de floração e tonalidades foliares distintas, tais como amarelados, alaranjados no outono e os verdes na primavera e verão.

 Antigamente, o homem viva em simbiose com luz e a natureza, que interferia com seus ritmos biológicos, sem aperceber-se. Hoje é diferente, os horários são impostos pelo trabalho, tecnologias e eletricidade, que ativam os nossos sentidos. Visto que somos seres diurnos, estamos normalmente acordados quando à luz e adormecidos quando está escuro, regulados por níveis de melatonina que sobem e descem durante o dia e a noite, orientando os ciclos de sono. 

Sabias Que?

    A forma exata de ação de melatonina ainda não é compreendida, mas sabe-se que é produzida pela pequena glândula pineal situada no centro do cérebro em resposta à queda dos níveis da luz apercebidos pela retina do olho. Atua sobre os receptores do relógio biológico interno, o núcleo suprequiasmático (NSC) que está a atrás dos olhos, causa lassidão, diminuição da temperatura e outros efeitos fisiológicos.

Dia da Floresta & Poesia

Cada árvore é um ser em nós.
Para ver uma árvore não basta vê-a
a árvore é uma lenta reverência
uma presença reminiscente
uma habitação perdida
e encontrada
À sombra de uma árvore
o tempo já não é o tempo
mas a magia de um instante que começa sem fim
a árvore apazigua-nos com a sua atmosfera de folhas
e de sombras interiores
nós habitamos a árvore com a nossa respiração
com a da árvore
com a árvore nós partilhamos o mundo com os deuses.

Rosa, A. R.

terça-feira, 9 de março de 2021

Moscadeira

         

   A  árvore da noz-moscada ou moscadeira, nome científico Myristica fragans Houtt, pertence à família Myristicaceae. Esta árvore é originária das ilhas do Índico, sendo descoberta pelos portugueses no fim do século XV, comerciando-a durante anos até passar para os holandeses. Mais tarde, é difundida para África, Brasil e Sudoeste Asiático.

De pequeno porte esta planta tem folhas oblongas, flores amareladas e frutos em forma de drupa. Na altura da maturação, o fruto abre-se deixando livre a semente, ovoíde, acastanhada, a noz-moscada ou noz da Índia.  Alguns autores, mencionam que o mesocarpo amarelado sucoso pode ser utilizado para fazer geleias  e outros doces; Clusio por sua vez, refere que a polpa com açúcar era usada para doenças de cérebro, útero e nervos.

Atualmente, sabe-se que o sabor particular e suas propriedades devem-se a um conjunto de compostos trepénicos, o pineno, canfeno, os mais abundantes, e ainda o safrol e miristicina. A planta é muito utilizada na aromatização de diversos alimentos (carnes, molhos, pastelaria, etc.), assim como atribuem-na propriedades estimulantes, carminativas, desinfetantes e afrodisíacas.

Sabias que?

     Hoje a maior produção da moscadeira localiza-se nas Caraíbas. O óleo da noz moscada é rico em miristicina, narcótica, usada na farmácia em pequena escala.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2021

 "Talvez a beleza das plantas resida na inconsciência que têm dos seus encantos: não se esforçam por agradar, nem por dar nas vistas, nem por serem elogiadas. Simplesmente é a luta pela vida que as torna belas."

Nuridsany, C., Pérennou, M.,1991. Elogio da Erva, Seleções do Reader´s Digest

sábado, 6 de fevereiro de 2021

Especiarias - Canela

   O comércio e o uso das especiarias pelo Homem não pode ser datado com certeza. Os egípcios no III d.C. usavam já as mesmas nas suas técnicas de embalsamento, a maioria do Mediterrâneo e Médio Oriente. Na época dos impérios romanos e gregos já estavam bem estabelecidas a rotas das especiarias através da Ásia, a mais conhecida era a Rota da Seda que ia da China ao Golfo Pérsico. Controlada pelos Árabes trocava canela, gengibre, seda e outras especiarias por várias populações. Os romanos importavam-nas e eram havidos consumidores, traziam-nas por Alexandria e Constantinopla, todavia após a queda desta civilização o comércio das mesmas voltou para os Árabes. 

No século XV, os portugueses controlavam já a uma parte da produção e comércio das especiarias através da Ásia. 

A canela, Cinnamomum zeylanicum Garc. Ex. Blume, pertence à família Lauracea, nativa da Ásia introduzida na ilha da Madeira, aqui tem diversas utilidades medicinais (dores menstruais, gripe/constipações, infusões após parto) e aromáticas. Para  dores menstruais foi mencionado o chá da mesma com segurelha (Thymus vulgaris) ou um cálice  uma infusão em aguardente (borra de vinho) de uma das seguintes misturas: madrelouro (Laurobasidium laurii) e pau de canela, ou de cascas de limão (Citrus limon), pau de canela e mel de abelhas.  



segunda-feira, 4 de janeiro de 2021

Jervão, Urgebão

         Da família das Verbenaceae, a Verbena officinalis L. é uma planta já utilizada à vários séculos. Os romanos utilizavam-na para purificar os alteres e as casas, sendo ainda mencionada em obras da Antiguidade Clássica. É ainda, consagrada a Ísis, deusa das plantas medicinais e a Vénus, sendo associada ao amor desde tempos imemoriais. Foi ainda, designada de "Persefonion" planta da Persefone. Na Toscânia era apelidada de demetria, "planta de démeter" ou bounion "planta de Hera e Juno".

São inúmeras as utilizações da planta, para os druidas é uma planta sagrada pois propicia a Inspiração Divina, o Awen. Referida para reduzir o fluxo menstrual, possui efeitos calmantes e é ainda utilizada para proteção da casa pois potencia a prosperidade, por isso era usada em "rituais iniciáticos druidas". 

Na atualidade e na ilha da Madeira é designada por jervão ou urgebão, facilmente confundida com Verbena bonariensis L., mencionada como planta de propriedades medicinais pela população. Ambas plantas, são encontradas nas margens dos caminhos ou terrenos baldios. 

A Verbena officinalis é utilizada, segundo a medicina popular, para a falta de apetite, fígado e rins sendo ingerida a infusão das folhas. É usada  ainda para o mau-olhado.