terça-feira, 9 de fevereiro de 2021

 "Talvez a beleza das plantas resida na inconsciência que têm dos seus encantos: não se esforçam por agradar, nem por dar nas vistas, nem por serem elogiadas. Simplesmente é a luta pela vida que as torna belas."

Nuridsany, C., Pérennou, M.,1991. Elogio da Erva, Seleções do Reader´s Digest

sábado, 6 de fevereiro de 2021

Especiarias - Canela

   O comércio e o uso das especiarias pelo Homem não pode ser datado com certeza. Os egípcios no III d.C. usavam já as mesmas nas suas técnicas de embalsamento, a maioria do Mediterrâneo e Médio Oriente. Na época dos impérios romanos e gregos já estavam bem estabelecidas a rotas das especiarias através da Ásia, a mais conhecida era a Rota da Seda que ia da China ao Golfo Pérsico. Controlada pelos Árabes trocava canela, gengibre, seda e outras especiarias por várias populações. Os romanos importavam-nas e eram havidos consumidores, traziam-nas por Alexandria e Constantinopla, todavia após a queda desta civilização o comércio das mesmas voltou para os Árabes. 

No século XV, os portugueses controlavam já a uma parte da produção e comércio das especiarias através da Ásia. 

A canela, Cinnamomum zeylanicum Garc. Ex. Blume, pertence à família Lauracea, nativa da Ásia introduzida na ilha da Madeira, aqui tem diversas utilidades medicinais (dores menstruais, gripe/constipações, infusões após parto) e aromáticas. Para  dores menstruais foi mencionado o chá da mesma com segurelha (Thymus vulgaris) ou um cálice  uma infusão em aguardente (borra de vinho) de uma das seguintes misturas: madrelouro (Laurobasidium laurii) e pau de canela, ou de cascas de limão (Citrus limon), pau de canela e mel de abelhas.