sexta-feira, 22 de agosto de 2008

À volta com as Menthas


As primeiras hortelãs que se atravessaram no meu caminho foram a hortelã de leite e a hortelã-pimenta. São fáceis de distinguir à vista desarmada mas ajuda o aroma distinto de cada uma.


Hortelã de leite

A hortelã de leite tem os raminhos vermelhos - mas só se estiver a pleno Sol, porque na estufa permanece totalmente verde; era usada para aromatizar o leite após a fervura, antes de aparecer o Nesquick e o Toddy; tem um cheiro muito agradável.



Hortelã pimenta

A hortelã-pimenta tem folhas verde mais claro, um cheiro muito mais apimentado, as folhas mais bicudinhas no ápice.

Menta

A terceira Mentha que me foi apresentada foi a que o povo chama simplesmente Menta, de folha redonda, sem pêlo, de novo perfeitamente distinguível pelo cheiro, muito diferente do das anteriores.

Na zona Oeste da Ilha e muito usada na medicina popular, há outra hortelã sem pêlo, o Sandros ou Sândolos, com os raminhos vermelho-roxos, folhas também algo cor de vinho mais acentuada nas margens, um cheiro diferente de todas as outras até aqui, agradável mas pouco característico da hortelã.

Sandros ou Sândolos

Na Quinta Pedagógica dos Prazeres (e não só) há uma hortelã lindíssima com muito pêlo, folhas grandes e largas, de veludo, verde acizentadas, aroma suave. Com esta são cinco.

Sem nome popular


A sexta é a famosa hortelã do ribeiro, também felpuda, mas mais discreta, folhinhas verde escuras, um aroma que suponho ninguém aprecia.

Hortelã do Ribeiro

Há ainda o poejo.

Encontram-se plantas totalmente glabras, sem pêlo; outras perfeitamente peludas com o mesmo cheiro. Pensei tratar-se de duas sub-espécies, mas não: de sementes colhidas de uma planta muito peluda nasceram apenas plantas glabras: não sei explicar, mas entre a Fisiologia vegetal e as leis de Mendel...

Passar para os nomes científicos é que não tem sido fácil.