No século XV com o descobrimento do arquipélago da Madeira, novas espécies surgem e surpreendem os primeiros exploradores. Menciono por exemplo, o dragoeiro, Dracaena draco L., árvore de grande porte, de frutos amarelos e seiva "cor de sangue", que foi referida pela primeira vez nos diários de viagem de Luigi Cadamosto, navegador italiano, que em 1455, descreve: "encontrei aí sangue de draco, que nasce em algumas arvóres. Extrai-se desta maneira: dão-se uns golpes de cutelo no pé da árvore e no ano seguinte, os ditos golpes deitam goma, que cosem e purificam e se faz o sangue." Aproximadamente, quinhentos anos após este registo, são mencionadas pelo Visconde do Porto da Cruz, Alfredo de Freitas Branco, algumas utilizações medicinais desta espécie.
A população madeirense, hábil na utilização dos seus recursos, passa a usar a resina depois de reduzida a pó e mistura-a com aguardente, sendo ingerida em casos de contusões internas, denunciadas por sangue na boca. É também adicionada a feridas, de forma a estancar rapidamente o sangue ou ainda usada em contusões e pancadas.
2 comentários:
Esta é uma planta magnífica! No Jardim Botânico da Ajuda existe um exemplar que tem mais de 250 anos. Muito velho e com saúde debilitada, crê-se que existe uma infiltração de um esgoto de uma cavalariça da GNR que afecta a raiz deste Dragoeiro, o que é uma pena!
Tem toda a razão, é de facto uma árvore lindíssima. Na Madeira, temos muitos exemplares em jardins, mas para pena minha e de muita gente, existem apenas dois espécimenes na natureza... Esperamos por dias melhores.
Agradeçemos o seu contributo!
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