Há cerca de 2,5 milhões de anos na Europa e na Ásia existia uma pequena árvore da família Theaceae, Eurya stigmosa, que devido a alterações climáticas desapareceu da plataforma continental, mas permaneceu nas ilhas Atlânticas. Segundo investigações paleobotânicas mais recentes, publicadas na revista científica Quaternary Science Reviews por Carlos Góis Marques, aluno de doutoramento em Geologia pela Faculdade de Ciências (U. Lisboa), esta mesma planta existiria também na ilha da Madeira à cerca de 1,3 milhões de anos, embora em situação de refúgio juntamente com várias plantas que hoje em dia constituem a Floresta Laurissilva.
A floresta Laurissilva na ilha da Madeira representa 20% do total da ilha distribuída por 15. ooo hectares, tendo caraterísticas subtropicais, húmida, e tendo ocupado áreas ao longo da bacia do mediterrâneo mas que devido às últimas glaciações desapareceu, tendo o remanescente permanecido na zona da Macaronésia (arquipélagos da Madeira, Açores, Canárias e Cabo Verde). Esta nova espécie, Eurya Stigmosa, descoberta por este jovem investigador, também mais tarde extinguiu-se, possivelmente devido às glaciações que ocorreram durante o Pleistoceno ou, segunda hipótese, devido à época de colonização pela ação do Homem.
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