Esta planta vivaz, Zingiber officinale Roscoe, segundo se sabe, é uma introdução recente na ilha da Madeira. Pertencente à família das Zingiberáceas é originária do Oriente, nomeadamente da Índia e China.
Os primeiros registos do uso desta espécie são de Confúcio, filósofo chinês (551 a.C. - 479 a.C.), que proferiu entre outras, as seguintes frases intemporais: "A essência do conhecimento consiste em aplicá-lo, uma vez possuído" ou ainda "Coloque a lealdade e a confiança acima de qualquer coisa; não receies corrigir teus erros".
Através dos árabes, esta espécie chegou aos impérios grego e romano, que a usaram como condimentar e medicinal; mais tarde foi também apontada por Dioscórides e Plínio, que associaram o seu cultivo à Arábia e Somália. Foi mencionada também, no livro "Mil e Uma Noites" pelas suas supostas propriedades afrodisíacas, no século XIV na Inglaterra era já tão comum, como a pimenta.
Atualmente, a Índia é o maior produtor desta planta; e estudos farmacológicos revelaram que possui propriedades digestivas, carminativas (impede a formação de gases no aparelho digestivo), sudoríficas e na Índia referem que tem efeitos afrodisíacos.
Na ilha da Madeira, não são referidas utilizações pela população em registos mais antigos, hoje, em contexto urbano, concelho do Funchal, o rizoma é usado na culinária e em chá para gripe.
No Verão, costumo usar a planta para preparar uma bebida refrescante, num jarro raspo parte do seu rizoma, adiciono sumo de limão (Citrus limon), uns raminhos de hortelã pimenta (Mentha piperita) e uma bebida gaseificada (água, 7Up, etc). No fim do dia, acompanha-me o pôr do sol, um copo meio cheio, a tranquilidade de uma escolha consciente, comprovada pelo tempo, e a certeza que só podemos ir até meio percurso, o restante, e óbvio, deverá ser realizado por outrem, sem véus ou tretas, seguindo apenas o que sente.
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