quinta-feira, 19 de setembro de 2019

Romazeira, Româ

  A romã pertence à família Lythraceae com o nome cientifico Punica granatum, é  originária do Oriente sendo dispersa rapidamente pela Europa e mais tarde, na época dos Descobrimentos, para o Novo Mundo. Está presente no brasão da cidade de Granada, pensando-se estar na origem do nome desta cidade espanhola. O seu fruto é uma inflorescência com casca coreácea avermelhada, com sementes em bolsa individuais, contendo um líquido também avermelhado.
      A romã é um dos frutos mais antigo do Antigo Testamento, já mencionada no Antigo Egipto. Para os Assíreos era considerada um alimento abençoado que simbolizava a fertilidade e prosperidade. A mitologia grega usa a romã como metáfora para ilustrar a relação proibida entre Perséfone e Hades, sendo também ilustrada em pinturas e mosaicos. Chegou à China como árvore de cultura cerca de um século antes da era cristã, sendo mais tarde, as propriedades medicinais enaltecidas por Dioscórides para inflamações do estômago e problemas oculares. Menciona ainda, a existência de duas variedades de romã, as ácidas (selvagens) e as doces. Tinha também na época, múltiplas aplicações, a preparação de vinho e casca usada nos curtumes, bem como utilizada em saladas, sopas ou sobremesas. 
           

Sabias que?
          No México, a romã dá cor ao prato nacional, chilles en nogada, prato que ostenta as cores da atual bandeira mexicana, as mesmas do exército de libertação (Ejercito Trigarante), que no século XIX, obtiveram a independência de Espanha. Inventado pelas freiras do mosteiro em Puebla, aquando da passagem do exercito rebelde, o prato nacional era confeccionado com pimentos (verde) recheados de carne cobertos com molho  à base de leite, queijo e nozes (branco), salpicado com bagos de romã (vermelho).  

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