sexta-feira, 1 de novembro de 2019

Castanea sativa


     O castanheiro pertence à família Fagaceae, onde se inclui também os carvalhos, sobreiros e faia, originários da região mediterrânica ocidental. O castanheiro, Castanea sativa Mill, inclui-se ainda na subfamília Castaneoideae, sendo uma árvore de grande porte com folhas decíduas, e frutos enclausurados numa cápsula espinhosa. Ao longo dos séculos tem sido usado na industria madeireira devido à sua resistência, e os seus frutos como fonte de substência de vários povos. 
      Aponta-se que foram os gregos que domesticaram a árvore  a partir de espécies selvagens da cidade de "Kastanea" que deu origem ao latim castanea. No séc. V a.C., os mesmo ao passarem pela cidade Sardes, rota para Ásia Menor recolheram e introduziram-na na Grécia. Curiosamente, Plínio na sua obra História Natural, em pleno Império Romano, menciona que a castanha era chamada "bolota de Sardes" ter sido trazida pelos gregos. Nessa época, já os romanos guardam as castanhas descascadas e cobertas mel em potes para usar em banquetes ou ingeriam-nas assadas. Na idade Média, era incentivado o cultivo do castanheiro na Europa onde reinou o consumo da castanha durante séculos nas mesas mais humildes. Mais tarde, no século XVIII, perdeu o seu protagonismo para a cultura da batata. 
     Hoje, o consumo da castanha está ligado às comemorações do Pão-por Deus e São Martinho, sendo consumida durante o Outono, normalmente cozida ou assada.

SABIAS QUE?
      Na ilha da Madeira, foi introduzida provavelmente nos começos do povoamento, para fins de recolha de madeira e dos seus frutos. O cultivo permanece até aos dias de hoje em pequenas áreas, bem como existe uma festa popular no Curral das Freiras dedicada à castanha. O chá das folhas, segundo registos etnobotânicos, é  usado para problemas vasculares.

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