domingo, 12 de abril de 2020

Taros e Inhames


    Diz-se que os taros são dos mais antigos alimentos domesticados do mundo. Originários do sul da Ásia, o "taro verdadeiro" - Colocasia esculenta (fig.1)  e o "taro falso" - Alocasia macrorrhiza, são ambos da família Araceae, tendo se propagado por todo o mundo chegando à Península Ibérica em I d.C. 
Os tubérculos do género Dioscorea (família Dioscoreaceae) designados por inhames desenvolveram-se independentemente pela Ásia, África e América, mas a Dioscorea alata e Dioscorea esculenta (fig.2) foram domesticadas no sudoeste asiático. Estas espécies entraram na China por volta do século III d.C. e no séc. XV d.C. na América. 
    Nas ilhas, Madeira e Açores, a espécie cultivada é a Colocasia esculenta, rizoma de aspeto robusto e de forma ovoíde recoberto por pêlos. Esta espécie é chamada de inhame, contudo, sabe-se que o verdadeiro inhame é do género Dioscorea. Em inglês, o inhame é yam, enquanto o taro é o cocoyam. O primeiro tem uma forma longa e esguia que chega até ao 1 m de comprimento, enquanto o segundo, o taro assemelha-se a um côco com uma forma redonda de tom acastanhado. 

SABIAS QUE?
    O inhame (C. esculenta) é muito resistente a pragas devido à presença de ácido oxálico no interior da planta, uma substância tóxica eliminada aquando da cozedura. O alto teor em amido faz dele um alimento nutritivo, sendo consumido como "pão" da terra em épocas de maior escassez de cereais. 

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